Recentemente, vi uma discussão nas redes sociais a respeito da “normatização” de corpos reais. Isso porque, quando nos deparamos com corpos que fogem daquilo que é considerado tradicional (magro, branco, “definido”), as reações geralmente são: uma objetificação excessiva na forma de elogios ou uma valorização da ação da pessoa que compartilhou a imagem, como se o ato exigisse coragem. Por isso, que fique evidente desde já que esse post é sobre Precious Lee. Para que você guarde o nome dela antes dos adjetivos.
Conheça um pouco mais de mulheres afro-asiáticas
Precious Lee: De Atlanta para o mundo
Entre outras coisas, com um pai que é cosmetologista e uma mãe que foi modelo, maquiadora, que são seus melhores amigos, e uma vó que era dona de uma boutique em Atlanta, Precious Lee também era a favorita do titio! Todas essas figuras são fundamentais para quem Precious Lee se tornou que, entre outras coisas, é: modelo.
Mas nem sempre foi assim. Em uma vizinhança em que ela estava rodeada de pessoas negras que fizeram com que ela crescesse com uma camada de autoconfiança e conhecimento, a princípio, Lee queria ser advogada e lutar pelas causas que acredita.
Sua infância foi rodeada de diferentes influências. Ela diz que Atlanta é um lugar muito rico culturalmente, então teve as presenças de muitas famosas, que eram clientes de seu pai e até hoje tem Naomi Campbell e Janet Jackson, por exemplo, como referência.
Do direito à moda
Embora estivesse decidida a estudar Direito, Precious Lee conta que, um dia, estava em uma aula com um amigo e ele não parava de falar sobre uma chamada para modelos.
Como sempre fez tudo para ajudar quem estava ao seu redor, Lee se ofereceu para fazer o ensaio do amigo e eles foram juntos para a chamada.
Ela não tinha nenhuma experiência na área e diz ter aprendido muito com a responsável por essa chamada, que já lhe ofereceu um contrato no mesmo dia! Ela não sabia se a carreira ia dar certo e disse que tinha decidido a fazer uma tentativa de 1 ano, no máximo. Mas já faz bem mais…
A moda antes e depois de Precious Lee
Hoje Precious Lee já faz campanha para marcas como Versace e sabe da importância de seu trabalho. Quem gosta de se emocionar com histórias tristes de superação de pessoas negras até alcançarem algum lugar de destaque não vai encontrar nada por aqui.
A modelo não teve problemas de autoaceitação com seu tamanho e diz não aceitar que lhe digam o que ela pode ou não usar. Já foi capa da Vogue e da Vogue Brasil e, apesar de ter sido a primeira mulher negra plus size da Versace, por exemplo, conta que não aceitava trabalhos que fossem exclusivamente ligados ao seu tamanho porque quer inspirar outras mulheres a estarem onde elas bem entenderem. É, Lee, digamos que o recado está dado!